Descrição

Quinta centenária localizada na rota da EN2, em pleno coração da vila de Pedrogão Pequeno, uma das localidades das “Aldeias Xisto”, situada numa das margens do rio Zêzere, mais propriamente perto da Barragem do Cabril.

Pois bem, podíamos apresentar aqui um imóvel com histórias de reis e rainhas (embora as invasões francesas tivessem passado por cá), mas ficamos por uma casa de senhores e senhoras rodeados de vários criados internos, externos e caseiros.

Um dos seus proprietários foi o primeiro dirigente da Filarmónica Aurora Pedroguense.

Esta casa senhorial encontra-se implantada num excelente terreno com água própria de poço, atravessada ainda por um riacho.

Terreno fértil, de cultivo, com variadíssimas árvores desde frutíferas ou simplesmente de embelezamento. No seu redor encontramos várias edificações que serviram outrora de cavalariça, casa do forno, galinheiros e anexos de apoio agrícola.

Disposta por três fabulosos pisos, esta maravilhosa mansão senhorial distribui-se da seguinte forma: no rés-do-chão deparamo-nos com uma entrada a meio do edifício que nos dá logo visibilidade para as majestosas escadarias que nos levam para os pisos superiores, vedadas por um majestoso gradeamento de ferro e que fazem lembrar as prisões, acompanhadas por paredes com pinturas feitas à mão.

Este piso dispõe de várias divisões, entre elas alguns quartos e uma casa de banho de serviço, mas maioritariamente delas são divisões de apoio à lavoura como o lagar ou até um salão que chegou a ser uma sala de aulas com turmas da 5ª e 6ª classe. a antiga 4ª classe.

Subindo até ao 1.º andar … bem deixem-me que vos diga, toda esta casa é bela mas este piso encanta. Dos 12 quartos, 9 encontram-se neste piso, numa dimensão fora do vulgar, com um pé direito tão alto que nos faz sentir invulgarmente pequenos.

Ainda neste piso encontramos duas casas de banho, uma cozinha com lareira alentejana em granito, sala de estar, sala de visitas, sala de jogos, uma marquise de verão, enfim, uma imensidão de espaços sociais que não se conseguem descrever, mas que salientamos o facto de todas elas serem brindadas de uma beleza única, com belas pinturas nas paredes e tetos trabalhados à madeira.

O último pisos faz-se caracterizar como sótão, mas desenganem-se se pensam que é das divisões mais pequenas. Aqui com partes esconsas, encontramos os quartos dos criados onde descansavam. Com a área total de implantação da casa, podemos visualizar ainda muito bem a qualidade das madeiras.

Há muitos imóveis cheios de potencial espalhados pelo nosso território, mas este sem dúvida que é digno de voltar a ter uma nova vida, contar novas historias e ser visto!

NOTA: As áreas dos imóveis acima mencionadas são por indicação das respetivas cadernetas/registos prediais.